quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Escreve, pois, as coisas que viste, e as...

Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. Apocalipse 1:19. 

O princípio que somos chamados a defender neste tempo é o mesmo que foi mantido pelos adeptos do evangelho nos dias da grande Reforma. Quando, em 1529, os príncipes se reuniram na Dieta de Espira, dir-se-ia que a esperança do mundo estava prestes a ser esmagada. Diante dessa assembleia foi apresentado o decreto do imperador, restringindo a liberdade religiosa e proibindo toda posterior disseminação das doutrinas da reforma. ...
Questões importantes para o mundo dependiam da ação de uns poucos heróis da fé. Aqueles que haviam aceitado as verdades da Reforma se reuniram, sendo unânime a sua decisão: “Apresentemos uma objeção ao decreto. Em questões de consciência, a maioria não influi.” Redigiram seu protesto e o apresentaram aos Estados reunidos. ...
Neste último conflito, Deus confiou às nossas mãos a bandeira da verdade e da liberdade religiosa que aqueles reformadores desfraldaram. Aqueles a quem Ele abençoou com o conhecimento de Sua Palavra são considerados responsáveis por esse grande dom. Devemos receber a Palavra de Deus como autoridade suprema. Devemos aceitar-lhe as verdades para nós mesmos, como nosso ato individual. Somente seremos capazes de apreciar essas verdades ao esquadrinhá-las por nós mesmos, mediante o estudo pessoal da Palavra de Deus. ...
As igrejas protestantes, tendo recebido as doutrinas que a Palavra de Deus condena, expô-las-ão e as imporão sobre a consciência do povo, assim como as autoridades papais forçaram seus dogmas sobre os advogados da verdade no tempo de Lutero. A mesma batalha será travada novamente, e toda pessoa será chamada a decidir de que lado do conflito se encontrará.
Quando as pessoas não se dispõem a ver a verdade e a recebê-la porque ela envolve uma cruz, estão abrindo a porta às tentações de Satanás. Ele as levará, como o fez com Eva no Éden, a crer numa mentira. A verdade mediante a qual poderiam ser santificados é posta de lado em troca de algum ilusório prazer apresentado pelo destruidor das almas.
Frequentemente ocorre que a mais preciosa verdade pareça estar bem ao lado de erros fatais. O descanso que Cristo prometeu aos que dEle aprenderem se encontra bem ao lado da quietude carnal, e multidões passam por alto o fato de que somente se encontra esse descanso ao se tomar o jugo de Cristo e levar-Lhe o fardo, ao possuir Sua mansidão e humildade. — Manuscrito 100, 1893.

Eles, porém, clamando em...

Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele. E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. Atos dos Apóstolos 7:57, 58. 

Estêvão foi o primeiro mártir cristão. ... Os inimigos de Deus e da verdade se sentiam instigados pelo ódio e a oposição. Satanás os impelia a resistir à verdade. Estêvão teve de enfrentar com argumentos os mais astuciosos e ardilosos contendores, esperando confundir e derribar seus argumentos. Se Estêvão não tivesse esquadrinhado as Escrituras e se fortalecido com as provas da Palavra de Deus, não teria suportado a prova; mas ele conhecia o fundamento de sua fé e ficou firme, pronto para responder a seus oponentes. 
Estêvão saiu vitorioso. Falou com segurança, sabedoria e poder que assombraram e confundiram os inimigos da verdade. Quando se viram desconcertados e derrotados a cada tentativa, decidiram destruí-lo. Estivessem esses professamente honestos e sábios homens realmente em busca da verdade, teriam admitido as evidências que não podiam contestar. ... Mas não era esse o seu propósito ou caráter. Odiavam a Cristo, odiavam a todos os Seus seguidores, e executaram a Estêvão. — Manuscrito 17, 1885. 
Estêvão, um homem amado por Deus, e alguém que trabalhava para conquistar pessoas para Cristo, perdeu a vida porque apresentava um triunfante testemunho do Salvador crucificado e ressurreto. O registro declara que ele era cheio de fé e poder, e fazia grandes prodígios e milagres entre o povo. ... Mas o espírito que se havia manifestado em amarga oposição ao Redentor do mundo ainda operava nos filhos da desobediência. O ódio que os inimigos da verdade haviam demonstrado para com o Filho de Deus, revelavam em seu ódio para com os seguidores dEle. ... 
Na luz que viram no rosto de Estêvão, as autoridades tinham evidências de Deus. Mas desprezaram as evidências. Ah, quem dera que ouvissem! Quem dera que se arrependessem! Mas não quiseram; e a reprovação de Deus saiu dos lábios da fiel testemunha: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.” Atos dos Apóstolos 7:51. ... 
Aqui dois exércitos estavam em combate, o exército do Céu e o exército de falsos zelotes religiosos. De que lado se colocaria esse grupo dali para a frente? Ainda era possível que se arrependessem e fossem perdoados, mesmo depois de terem cometido esse terrível mal contra Cristo na pessoa de Seu santo. — Manuscrito 11, 1900.

Eis que um etíope, eunuco, alto oficial...

Eis que um etíope, eunuco, alto oficial... estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o. Atos dos Apóstolos 8:27-29. 

Um mensageiro celestial foi enviado a Filipe [um dos diáconos escolhidos] para indicar-lhe seu trabalho em favor do etíope. O evangelista foi orientado: “Dispõe-te e vai para a banda do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto.” Atos dos Apóstolos 8:26.
Hoje, assim como então, os anjos conduzem e guiam aqueles que se permitem ser guiados e conduzidos. Esse anjo poderia ter ele próprio feito a obra, mas não é esta a maneira de Deus agir. Os crentes devem relacionar-se com outros crentes, e como instrumentos de Deus trabalhar em favor dos perdidos. 
Filipe compreendeu sua obra. Esse alto oficial estava sendo atraído para o Salvador e não resistiu à atração. Ele não fez de sua elevada posição mundana uma desculpa para não aceitar o Crucificado. O evangelista perguntou-lhe: “Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele” para explicar-lhe a Palavra de Deus. Atos dos Apóstolos 8:31. ... 
“Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus. Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. ... Então... ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco.” Atos dos Apóstolos 8:35-38. ... 
Enquanto anjos do Céu realizam sua obra, instrumentos do mal estão trabalhando a fim de atrair a mente para alguma outra coisa. Satanás interpõe obstáculos, para que a mente inquiridora, que entenderia a Palavra de Deus, fique confusa. Assim trabalhou ele com Cristo no deserto da tentação. A experiência de Cristo está registrada para que possamos compreender os métodos e planos de Satanás. Tivesse Filipe deixado o caso do eunuco pendendo na balança, ele poderia nunca ter aceitado o Salvador. Anjos maus esperavam a oportunidade em que pudessem incutir suas falsidades e impedir a mente recém-despertada de buscar a verdade. Os instrumentos do Senhor devem consagrar-se inteiramente a Seu serviço, a fim de que possam ser rápidos em compreender sua obra. Como sábios mordomos, devem tirar vantagem de toda circunstância para ensinar a graça de Deus e levar pessoas a Cristo. — Manuscrito 11, 1900.

E, caindo por terra, ouviu uma ...

E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que Me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Atos dos Apóstolos 9:4, 5.

Saulo fora educado pelos mais eminentes rabis da época. Fora ensinado por Gamaliel. Saulo era rabi e estadista. Era membro do Sinédrio, e muito zeloso em suprimir o cristianismo. Desempenhou uma parte no apedrejamento de Estêvão e lemos ainda sobre ele: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.” Atos dos Apóstolos 8:3. Mas foi contido em sua carreira de perseguição. 
Enquanto estava a caminho de Damasco para prender quaisquer cristãos que encontrasse, “subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que Me persegues?”... 
Saulo, convertido, foi chamado Paulo. Uniu-se aos discípulos e esteve entre os principais apóstolos. — Manuscrito 95, 1899. 
Embora os apóstolos fossem muitas vezes abatidos no conflito com pessoas más e com os poderes das trevas, ainda assim eram capacitados a voltar ao conflito, tendo diante de si o triunfo ou a morte, em seus esforços. No corpo, nas chagas, nas feridas e nos açoites recebidos por amor a Jesus, carregavam as evidências da crucifixão de Cristo, as evidências de que eram participantes com Ele em Seus sofrimentos.
Seu livramento e preservação sob múltiplas dificuldades e provas testificavam que Jesus vivia, e por causa de Seu poder viviam eles também. — Manuscrito 58, 1900. {
O leal e fiel Estêvão foi apedrejado até à morte pelos inimigos de Cristo. Certamente não parecia que Deus estivesse fortalecendo a Sua causa na Terra, ao permitir assim que homens ímpios triunfassem. Mas justamente por essa circunstância foi Paulo convertido à fé, e mediante suas palavras milhares foram trazidos à luz do evangelho. — Carta 10, 1879. 
Os escolhidos para a obra de Deus devem ser homens e mulheres fiéis e leais, obreiros a quem Deus possa instruir, que compartilhem aquilo que receberam, proclamando sem reservas a vontade de Deus, apontando um caminho melhor a todos com quem entram em contato. Novos homens e mulheres em Cristo nascem para o conflito, a labuta, o trabalho; nascem para engajar-se no bom combate da fé. Há sempre ao seu alcance um poder mediante o qual podem obter a vitória a cada investida, poder que os capacitará a ser mais que vencedores sobre as dificuldades que encontram. — Carta 150, 1900. 

Ora, todos quantos querem viver...

Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. 2 Timóteo 3:12. 

Herodes e as ímpias autoridades mataram o Justo, mas Cristo nunca matou ninguém, e podemos atribuir o espírito de perseguição — porque as pessoas desejam liberdade de consciência — a seu originador, Satanás. Ele é enganador, mentiroso, homicida e acusador dos irmãos e irmãs. Gosta de ver a desgraça humana. Exulta com a aflição, e ao vermos as cruéis perseguições daqueles que desejavam obedecer a Deus segundo os ditames de sua própria consciência, podemos saber que esse é o mistério da iniquidade. Disse o Senhor a Satanás, a velha serpente: “Este [a Semente da mulher] te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 3:15. Cristo de um modo especial feriu a cabeça da serpente, mas a profecia tem longo alcance. É a declaração de um incessante conflito entre Cristo e Seus seguidores e Satanás e seus anjos e instrumentos humanos sobre a Terra, até o fim do tempo. 
Esse conflito se manifestou sobre o Filho de Deus. Ele foi oprimido; foi desprezado e rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que é padecer. A Majestade do Céu precisou deixar vez após vez a cena de Seus labores porque Satanás Lhe feria o calcanhar, e finalmente a malignidade de Satanás alcançou seu máximo poder quando inspirou e controlou a mente de homens ímpios para crucificá-Lo. Ele tem seguido os filhos de Deus, causando-lhes desastre e morte. ... Isaías, Daniel e João anunciaram pela profecia essas mesmas lutas e conquistas pelas quais o povo de Deus passaria, e o triunfo de Satanás em suas supostas vitórias.
A inimizade de Satanás continuará feroz e decidida contra os seguidores de Jesus. ... Onde quer que exista, o mal — rejeitando a luz e a verdade e separando-se do Deus vivo — sempre se alia contra os justos e obedientes. Anjos caídos e seres humanos caídos se unem num companheirismo desesperado. Essa foi a união que formaram os perseguidores dos fiéis. 
Satanás calculou que, se pudesse induzir homens e mulheres, assim como enganou e induziu os anjos em sua guerra, poderia tê-los como aliados seus em todo empreendimento contra o Céu. ... 
A verdade não apresenta ideias misturadas com tradições e fábulas. A religião de Jesus Cristo apresenta a verdade, pura e incontaminada. Suportará uma investigação, e os honestos inquiridores da verdade vão tê-la. A verdadeira religião não excita a mente e os sentimentos, mas apela ao intelecto e ao coração. Está em constante desenvolvimento e ascende cada vez mais alto na direção do Céu. — Manuscrito 62, 1886

Ninguém despreze a tua mocidade; pelo...

Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. 1 Timóteo 4:12. 

Os princípios [de Timóteo] haviam sido tão estabelecidos por uma educação correta, que ele estava apto a ser um mestre religioso em ligação com Paulo, o grande apóstolo aos gentios. Era um simples jovem, mas assumiu suas grandes responsabilidades com mansidão cristã. Era fiel, firme e leal; e Paulo o fez seu companheiro de trabalho e viagens, para que pudesse beneficiar-se de sua experiência em pregar o evangelho e estabelecer igrejas. ... 
Paulo amava a Timóteo porque Timóteo amava a Deus. Seu inteligente conhecimento da piedade prática e da verdade conferiu-lhe distinção e influência. ... A influência moral de seu lar foi decisiva; não espasmódica, não impulsiva, não mutável. A Palavra de Deus era a regra que guiava Timóteo. ... 
Muitos há que agem pelo primeiro impulso, antes que pela experiência e discernimento. Mas Timóteo exercia consideração e calma reflexão, indagando a cada passo: “É este o caminho do Senhor?”... Não tinha talentos particularmente brilhantes; mas sua obra era valiosa porque ele usava no serviço do Mestre as habilidades que Deus lhe dera. O Espírito Santo encontrou em Timóteo uma mente que poderia ser moldada e ajustada como templo para a habitação da divina Presença, porque ele se sujeitava a ser moldado. 
O mais sublime alvo de nossos jovens não deveria ser empenhar-se na busca de algo novo, mas colocar-se sob o ensino das Santas Escrituras. Poderão então possuir os atributos classificados como os mais nobres nas cortes celestes. Ocultar-se-ão em Deus, e em todo o seu ensino simplificarão a verdade original para que não pareça estranha, mas familiar a outras mentes. Entretecê-la-ão em seus pensamentos e na vida prática diária. 
Vemos a vantagem que Timóteo teve num exemplo correto de piedade e verdadeira santidade. ... O evidente poder espiritual da piedade no lar conservou-o puro na linguagem e incontaminado por sentimentos corruptores. Desde criança conhecia ele as Santas Escrituras. Tinha o benefício do registro do Antigo Testamento, e os manuscritos de parte do Novo, os ensinos e lições de Cristo. ... 
Um caráter nobre e equilibrado não vem por acaso. É resultado do processo modelador da edificação do caráter nos primeiros anos da juventude, e da prática da lei de Deus no lar. — Carta 33, 1897. 

Revelação de Jesus Cristo, que...

Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que Ele, enviando por intermédio do Seu anjo, notificou ao Seu servo João. Apocalipse 1:1. 

Após a ascensão de Cristo, o testemunho de João a Seu respeito perturbou as autoridades. Com poder, deu ele testemunho de que Cristo era um Salvador ressurreto. Para agradar os judeus, os romanos haviam crucificado a Cristo, e agora buscavam agradá-los ainda mais, colocando João onde sua voz não pudesse ser ouvida por judeus ou gentios. Foi banido para a ilha de Patmos. 
Aparentemente, o Senhor permitiu que Seus inimigos triunfassem, tanto quanto se podia julgar pelas aparências exteriores. Mas a mão de Deus se movia, invisível, no meio das trevas. Deus permitiu que Seu fiel servo fosse colocado onde Cristo pudesse conceder-lhe uma revelação mais maravilhosa de Si mesmo para ser dada ao mundo. ... Ele foi como que escondido numa ilha deserta, e ali Cristo o visitou, dando-lhe a mais maravilhosa visão de Sua glória, e revelando-lhe aquilo que devia sobrevir à Terra. ... 
João foi privado da sociedade de seus irmãos e do prazer da amizade. Mas ninguém podia privá-lo da luz e revelação de Cristo. Uma grande luz devia brilhar de Cristo para Seu servo. Ricamente favorecido foi esse amado discípulo. Com os outros discípulos, viajara com Jesus, aprendendo dEle e banqueteando-se com Suas palavras. ... No santo dia de sábado, o ressurreto Salvador fez conhecida Sua presença a João; e o testemunho então dado a ele também é dado a nós. Deus deseja que examinemos as Escrituras, para que saibamos o que será nos últimos dias da história terrestre. ... 
Este é um poderosíssimo testemunho, mas seu verdadeiro significado mal é discernido. Que todo estudante das Escrituras pondere cuidadosamente cada palavra do primeiro capítulo do Apocalipse, pois cada sentença e cada palavra tem peso e consequências. 
O aparecimento de Cristo a João deve ser para todos, crentes e incrédulos, uma evidência de que temos um Cristo ressurreto. Deve conceder poder vivo à igreja. Por vezes, nuvens escuras cercam o povo de Deus. Parece que a opressão e perseguição poderiam extingui-los. Mas em tais ocasiões são dadas as lições mais instrutivas. Assim como na noite mais escura as estrelas brilham com maior resplendor, assim os mais brilhantes raios da glória de Deus se revelam em meio às mais profundas trevas. Quanto mais escuro o céu, mais claros e impressivos são os raios do Sol da Justiça, o Salvador ressurreto. — Manuscrito 106, 1897.

Eis que o diabo está para...

Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Apocalipse 2:10. 

João estivera intimamente ligado com o Salvador durante Sua vida de ministério. Tinha-Lhe ouvido as maravilhosas palavras e visto as maravilhosas obras, e seu testemunho foi dado em linhas claras. Da abundância de um coração transbordante de amor por Cristo falou ele, e nenhum poder poderia conter-lhe as palavras... 
À semelhança de seu Mestre, João submeteu-se pacientemente a cada tentativa de levá-lo à morte. Quando seus inimigos o puseram num caldeirão de óleo fervendo, julgaram nunca mais ouvir notícias dele. Mas ao serem ditas as palavras de origem satânica: “Assim pereçam todos os que crêem nAquele enganador, Jesus Cristo de Nazaré”, João declarou: “Meu Mestre Se submeteu pacientemente a tudo quanto Satanás e seus anjos puderam inventar para humilhá-Lo e torturá-Lo. Deu a vida para salvar o mundo. Morreu para que pudéssemos viver. Considero uma honra o ser-me permitido sofrer por Seu amor. Sou apenas um fraco pecador, mas Cristo era santo, inocente, incontaminado, separado dos pecadores. Ele não pecou, nem se achou engano em Sua boca.” As palavras de João, enquanto sofria às mãos dos inimigos, exerceram sua influência e ele foi retirado do caldeirão pelos mesmos homens que ali o haviam lançado. 
Depois disso foi João enviado à ilha de Patmos onde, separado dos companheiros de fé, supunham seus inimigos que ele morresse pelas privações e sofrimentos. Mas até mesmo lá fez João amigos e conversos. Os inimigos acharam que por fim haviam colocado a fiel testemunha onde não mais pudesse perturbar a Israel ou aos ímpios governantes do mundo. ... {
Deus, Cristo e as hostes celestiais eram os companheiros de João na ilha de Patmos. Deles recebeu as instruções que partilhou com os que, como ele, estavam separados do mundo. Lá escreveu as visões e revelações recebidas de Deus, contando de coisas que ocorreriam no período final da história terrestre. Quando sua voz não mais testemunhasse da verdade, quando não mais pudesse testificar dAquele a quem amava e servia, as mensagens a ele dadas naquela costa desolada e rochosa sairiam como uma lâmpada que arde. Cada nação, tribo, língua e povo aprenderia do seguro propósito do Senhor, não relativo meramente à nação judaica, mas a cada nação sobre a Terra. — Manuscrito 150, 1899.

Bem-aventurados aqueles que lêem...

Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. Apocalipse 1:3. 

Muitos têm a ideia de que o livro do Apocalipse é um livro selado, e não dedicam tempo e estudo a seus mistérios. Dizem que devem continuar contemplando as glórias da salvação, e que os mistérios revelados a João na ilha de Patmos são dignos de menos consideração do que aquelas. 
Mas Deus não considera assim esse livro. Declara Ele: “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.” Apocalipse 22:18, 19. ... 
O Senhor revelou a Seu servo João os mistérios do livro do Apocalipse, e é desígnio Seu que eles se abram ao estudo de todos. Nesse livro são descritas cenas que agora estão no passado e algumas de interesse eterno que estão ocorrendo ao nosso redor; outras de suas profecias não receberão seu cumprimento completo até ao fim do tempo, quando acontecer o último grande conflito entre os poderes das trevas e o Príncipe do Céu. ... 
Muitas das profecias estão por cumprir-se em rápida sucessão. Todo elemento de poder está para ser posto em ação. A história passada se repetirá; antigas controvérsias despertarão para uma nova vida, e o perigo cercará o povo de Deus por todos os lados. A intensidade toma posse da família humana. Permeia tudo sobre a Terra. E para quê? Esportes, jogos, divertimentos; as pessoas correm e se aglomeram e contendem pela supremacia. Aquilo que é comum e perecível lhes absorve a atenção, de modo que pouco pensam nas coisas de interesse eterno. {
Seres humanos, dotados de energia, zelo e perseverança, colocarão as faculdades que receberam de Deus em cooperação com o despotismo de Satanás para tornar nula a lei do Senhor. Impostores de todo nível e classe alegarão ser dignos e leais, e haverá uma exaltação daquilo que é comum e impuro em contraste com o verdadeiro e santo. Desse modo é aceito o espúrio, e o verdadeiro padrão de santidade rejeitado, assim como a palavra de Deus foi rejeitada por Adão e Eva em troca da mentira de Satanás. — Manuscrito 143, 1901.

Eu, João, irmão vosso ...

Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Apocalipse 1:9.

É por intermédio de alguém que é “irmão e companheiro na tribulação” que Cristo revela ao Seu povo o terrível conflito que deverão enfrentar antes de Sua segunda vinda. Antes de serem abertas perante eles as cenas de sua amarga luta, são lembrados de que outros crentes também beberam o cálice e foram batizados com o batismo. Aquele que susteve essas primeiras testemunhas da verdade não abandonará Seu povo no conflito final. 
Foi numa época de feroz perseguição e grandes trevas, quando Satanás parecia triunfar sobre as fiéis testemunhas de Deus, que João em sua idade avançada foi sentenciado ao desterro. Foi isolado de seus companheiros de fé e detido em seus labores no evangelho; mas não foi separado da presença de Deus. O desolado lugar de seu exílio provou ser para ele a porta do Céu. Diz João: “Achei-me em espírito no dia do Senhor” — o dia que Deus havia abençoado e santificado — “e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro... Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último... Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante a Filho de homem.” Apocalipse 1:10-13. ... 
Cristo anda no meio dos castiçais de ouro. Assim é simbolizada a Sua relação para com as igrejas. Ele está em constante comunicação com Seu povo. ... Conquanto seja sumo sacerdote e mediador no santuário celestial, é apresentado andando de um para outro lado entre as Suas igrejas terrestres. ... 
Mais uma vez, ao repousar o Espírito Santo sobre o profeta, ele vê uma porta aberta no Céu e ouve uma voz que o convida a olhar as coisas que hão de acontecer no futuro. Ele diz: “Eis armado no Céu um trono, e, no trono, Alguém sentado; e esse que Se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardónio.” Apocalipse 4:2, 3. Anjos ministradores O rodeavam, esperando ansiosos cumprir-Lhe a vontade, enquanto o arco-íris da promessa de Deus, que era sinal de Seu concerto com Noé, foi visto por João encimando o trono — um penhor da misericórdia de Deus para com cada pessoa crente e arrependida. É um testemunho perpétuo de que “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16. Declara ao mundo todo que Deus jamais Se esquecerá de Seu povo na luta contra o mal. — Manuscrito 100, 1893.

Tenho, porém, contra ti o...

Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os Meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos. Apocalipse 2:20.

Seu [dos mártires] exemplo vivo e seu testemunho ao morrer foram uma declaração constante da verdade; e, onde menos se esperava, os súditos de Satanás lhe deixavam o serviço e se alistavam sob a bandeira de Cristo. ... 
O grande adversário agora se esforçava por obter pelo artifício o que havia deixado de conseguir pela força. Cessou a perseguição e em seu lugar vinham como substitutas as perigosas seduções de prosperidade temporal e honra mundana. Idólatras foram levados a receber parte da fé cristã, enquanto rejeitavam outras verdades essenciais. Professavam aceitar a Jesus como o Filho de Deus, e a crer em Sua morte e ressurreição; mas não tinham convicção do pecado e não sentiam necessidade de arrependimento ou mudança de coração. Com algumas acomodações de sua parte, propuseram que os cristãos fizessem concessões, a fim de que pudessem unir-se sobre a plataforma da crença em Cristo.
Agora se encontrava a igreja em temível perigo. A prisão, tortura, o fogo e a espada eram bênçãos, em comparação com isso. Alguns cristãos permaneceram firmes, declarando não poder transigir. Outros arrazoaram que, se cedessem ou modificassem alguns aspectos de sua fé e se unissem com aqueles que haviam aceitado parte do cristianismo, isso poderia ser o meio para sua plena conversão. ... Sob o manto de pretenso cristianismo, Satanás se insinuava na igreja, para corromper-lhes a fé e desviar-lhes a mente da palavra da verdade. 
Por fim, a maior parte do mundo cristão rebaixou suas normas, e se formou uma união entre a cristandade e o paganismo. Embora os adoradores de ídolos professassem estar convertidos, e se unissem à igreja, continuavam apegados à idolatria, somente mudando os objetos de sua adoração para imagens de Jesus e até de Maria e dos santos. O abominável fermento da idolatria, introduzido assim na igreja, continuou sua funesta obra. Falsas doutrinas, ritos supersticiosos e cerimônias idólatras foram incorporados à sua fé e culto. Ao se unirem os seguidores de Cristo com idólatras, a religião cristã se tornou corrompida, e a igreja perdeu seu poder e pureza. Alguns houve, entretanto, que não foram desencaminhados por esses enganos. — The Spirit of Prophecy 4:42, 43. 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Eis... o Leão da tribo de Judá. ....

Eis... o Leão da tribo de Judá. ... E entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Apocalipse 5:5, 6. 

O Salvador foi apresentado a João sob os símbolos do “Leão da tribo de Judá” e de “um Cordeiro como tendo sido morto”. Aqui foi expressa toda a obra da redenção. Esses símbolos representam a união do onipotente poder e do amor que se sacrifica. Como Leão de Judá, Cristo defenderá Seus escolhidos e os fará sair vitoriosos, porque O aceitaram como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Cristo, o Cordeiro morto — que foi desprezado, rejeitado, vítima da ira de Satanás, da violência e crueldade humanas — quão terna foi Sua simpatia para com Seu povo no mundo! E proporcional às profundezas infinitas de Sua humilhação e sacrifício como Cordeiro de Deus, será Seu poder em glória como o Leão de Judá, para o livramento de Seu povo. 
Perante João foram abertos os grandes eventos do futuro, os quais deviam abalar os tronos de reis e levar todos os poderes terrestres a tremer. Ele contemplou o desfecho de todas as cenas terrestres, o estabelecimento do reino dAquele que é o Rei dos reis, cujo reino durará para sempre. ... Ele viu Cristo recebendo a adoração de todos os exércitos do Céu e ouviu a promessa de que, em qualquer tribulação que pudesse sobrevir ao povo de Deus, se pacientemente a suportassem, seriam mais do que vencedores por meio dAquele que os amara. ... 
João estava agora preparado para testemunhar as emocionantes cenas do grande conflito entre aqueles que guardam os mandamentos de Deus e aqueles que tornam nula a Sua lei. Ele viu o surgimento do poder operador de milagres que devia enganar a todos os que habitam sobre a Terra, os quais não estão ligados com Deus, “dizendo aos que habitam sobre a Terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu”. Apocalipse 13:14. ... 
Acerca dos leais e fiéis que não se curvaram aos decretos de governantes terrestres contra a autoridade do Rei do Céu, diz o revelador: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apocalipse 14:12. 
Essas lições são para nosso benefício. Necessitamos firmar nossa fé em Deus, pois justamente diante de nós está um tempo de prova para toda pessoa. Cristo, sobre o Monte das Oliveiras, anunciou os terríveis juízos que precederiam Sua segunda vinda. Embora essas profecias tivessem um cumprimento parcial por ocasião da destruição de Jerusalém, terão uma aplicação mais direta nos últimos dias. — Manuscrito 100, 1893. 

Haverá sinais. ...

Haverá sinais. ... Haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo. Lucas 21:25, 26. 

João também foi testemunha das terríveis cenas que ocorrerão como sinais da vinda de Cristo. Ele viu exércitos dispostos para a batalha e pessoas desmaiando de terror. Viu a terra movida de seu lugar, montanhas transportadas para o meio do oceano, cujas ondas rugiam revoltadas. Viu as taças da ira abertas, e a pestilência, fome e morte vindo sobre os habitantes da Terra. 
O refreador Espírito de Deus já está sendo retirado da Terra. Furacões, tempestades, incêndios e inundações, desastres em terra e mar, seguem-se um ao outro em rápida sucessão. A ciência procura explicar tudo isso. Os sinais que se avolumam em redor de nós, anunciando o próximo aparecimento do Filho de Deus, são atribuídos a qualquer outra causa que não a verdadeira. As pessoas não podem distinguir os anjos sentinelas, contendo os quatro ventos para que não soprem enquanto os servos de Deus não forem selados; mas quando Deus mandar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de conflito que pena alguma poderá descrever. 
Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. A profecia cumpre-se rapidamente. O Senhor está às portas. Em breve deverá abrir-se diante de nós um período de intenso interesse para todos os que estão vivos. As controvérsias do passado serão revividas. Novas controvérsias surgirão. Nem sequer se sonha com as cenas que em breve hão de cumprir-se em nosso mundo. Satanás está operando mediante instrumentos humanos. 
Mas os servos de Deus não devem confiar em si mesmos nessa grande emergência. O programa dos eventos vindouros está nas mãos do Senhor. O mundo não está sem governo; a Majestade do Céu tem nas mãos o destino das nações, bem como os interesses de Sua igreja. ... 
O importante futuro está diante de nós. Para enfrentar suas provas e tentações, e executar-lhe os deveres, requerer-se-á grande fé e perseverança. Mas podemos triunfar gloriosamente, pois nenhuma pessoa que creia, vigie e ore cairá presa dos ardis do inimigo. Todo o Céu está interessado em nosso bem-estar e aguarda nosso pedido de sabedoria e força. No tempo de prova justamente diante de nós, o divino penhor de segurança será colocado sobre aqueles que têm guardado a palavra de Sua paciência. — Manuscrito 100, 1893.

Outros, por sua vez, passaram pela...

Outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Hebreus 11:36. 

Quando Jesus revelou a Seus discípulos o destino de Jerusalém e as cenas do Segundo Advento, predisse também a experiência de Seu povo, desde o tempo em que seria tomado deles até ao Seu retorno com poder e glória para libertá-los. Do Olivete, contempla o Salvador as tormentas prestes a abater-se sobre a igreja apostólica e, penetrando mais profundamente no futuro, Seus olhos discernem as ferozes, devastadoras tempestades que fustigariam Seus seguidores nas eras vindouras de trevas e perseguição. ... 
A história da igreja primitiva testifica do cumprimento das palavras do Salvador. Os poderes da Terra e do inferno se dispuseram contra Cristo na pessoa de Seus seguidores. ... Os cristãos foram privados de suas propriedades e expulsos de seus lares. ... Grande número selou seu testemunho com o próprio sangue. ... 
Sob a mais feroz perseguição, essas testemunhas de Jesus conservaram sua fé incontaminada. ... Com palavras de fé, paciência e esperança, encorajavam uns aos outros a suportar privações e aflições. A perda de todas as bênçãos terrenas não podia forçá-los a renunciar a sua fé em Cristo. Provas e perseguições nada mais eram do que passos que os levavam para mais perto de seu descanso e sua recompensa. ...
Foram em vão os esforços de Satanás para destruir a igreja de Cristo pela violência. O grande conflito no qual os discípulos de Jesus entregaram a vida não cessou quando esses fiéis porta-estandartes caíram em seu posto. Mediante a derrota, venceram. Os obreiros de Deus foram mortos, mas Sua obra prosseguiu firmemente. O evangelho continuou a disseminar-se e o número de seus adeptos a aumentar. ... Disse um cristão, debatendo com governantes pagãos que promoviam a perseguição: “Podem atormentar, afligir e afrontar-nos. Sua maldade põe à prova nossa fraqueza, mas sua crueldade é inútil. Nada mais é que um convite mais forte para trazer outros à nossa crença. Quanto mais formos ceifados, mais brotaremos de novo. O sangue dos cristãos é semente.” 
Milhares foram encarcerados e mortos; mas outros brotaram para ocupar-lhes o lugar. E aqueles que foram martirizados por sua fé estavam seguros em Cristo, e por Ele considerados vencedores. Combateram o bom combate e deverão receber a coroa de glória quando Cristo voltar. Os sofrimentos que suportaram aproximaram os cristãos uns dos outros e de seu Redentor. — The Spirit of Prophecy 4:39-42

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O julgamento é este: que a luz veio ao mundo...

O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz. João 3:19.

A perda de uma pessoa é apresentada como uma catástrofe, em comparação com a qual o ganhar o mundo submerge em insignificância. ... Em Jerusalém está representada toda pessoa que negligencia os atuais privilégios e recusa a luz que Deus lhe enviou. Têm sido acalentados os conselhos de Deus? Têm sido aceitos os apelos e as advertências de Seus servos? Dá-se atenção às admoestações? Ah, quem dera que possamos individualmente melhorar os momentos áureos deste “teu dia”, para que não nos venha a palavra “mas, agora, isso está encoberto aos teus olhos”. Lucas 19:42. Se a luz brilha em nossos dias, devemos recebê-la, apreciá-la e andar na luz sem esperar para ver se pessoas importantes ou eruditos a aceitam. ...
As palavras de Cristo são: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” Mateus 5:17. ... Jesus olhou através dos séculos e viu que o mundo cristão pensaria e ensinaria que a morte de Cristo revoga a lei do Pai. Ele faz, portanto, uma precisa declaração para esclarecer todas as mentes que não desejam ser enganadas nesse ponto. ...
Homens e mulheres têm morrido sem guardar o sábado do sétimo dia. Eram pessoas boas e viveram segundo a luz que possuíam. Não podiam ser responsáveis pela luz que nunca tiveram. Devemos prestar contas da luz que brilha em nossos dias. Seria insensatez desculpar nossa transgressão da lei de Deus porque pessoas boas em gerações passadas não a guardaram. ...
Nunca é seguro permanecermos indiferentes à luz. Se pessoas professamente boas e notáveis não obedecem à lei de Deus, é isso razão para transgredirmos?... Foram os escribas, príncipes, sacerdotes, homens do santo ofício, homens que criam estar a sua justiça acima da do mundo inteiro, que perseguiram a Cristo. Esses piedosos embusteiros foram os mais ferozes perseguidores que Jesus teve. ... Foram os mestres do povo que zombaram dEle enquanto pendia da cruz.
Os professos cristãos de hoje que rejeitam a luz, não serão mais favoráveis àqueles que recebem a luz da verdade e nela se regozijam, do que o foram os judeus nos dias de Cristo. Se soubessem que Ele era o Príncipe da vida, não O teriam crucificado. Por que não sabiam? Porque rejeitaram toda evidência que lhes fora dada de que Cristo era o Messias. ... Considerarão os crentes como um povo pequeno, fraco, um punhado de fanáticos, e deles falarão zombeteiramente. — Carta 35, 1877

domingo, 6 de novembro de 2016

Estreita é a porta...

Estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela. Mateus 7:14.

O manso e amado discípulo [João] disse: “Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.” 1 João 2:4. A Palavra de Deus é muito clara e precisa. É uma questão perigosa professar ser seguidor de Jesus e pelas obras negá-Lo pela indiferença até mesmo para com um só de Seus requisitos. 
A história da Reforma nos ensina que a igreja de Cristo não deve nunca chegar a paralisar-se e cessar a reforma. Deus está na dianteira, dizendo como o fez a Moisés: “Marchem”. “Dize aos filhos de Israel que marchem.” Êxodo 14:15. A obra de Deus vai avante; passo a passo o Seu povo avança em meio a conflitos e provas, até à vitória final. A história da igreja nos ensina que o povo de Deus não deve ficar estereotipado em suas teorias da fé, mas preparar-se para nova luz, para abrir a verdade revelada em Sua Palavra. 
A história passada do avanço da verdade em meio ao erro e às trevas, mostra-nos que a verdade sagrada não é acalentada e procurada pela maioria. Aqueles que avançam na reforma, obedecendo à voz de Deus — “Marchem” — têm estado sujeitos a oposição, tortura e morte; e em face de prisões e ameaçados de tortura e morte, julgam a verdade para seu tempo de suficiente importância para a ela apegar-se tenazmente, entregando a vida em lugar de sacrificar a fé. Não contam sua vida como preciosa, se sacrificada pela verdade de Deus. A verdade em nossos dias é tão importante quanto o foi nos dias dos mártires. ... 
O que seria se nos dias de Lutero as pessoas tivessem assumido a posição de defender sua desobediência aos requisitos de Deus dizendo: “Deus é misericordioso demais para condenar-me por não receber uma verdade impopular. Nossos intelectuais e líderes religiosos não a aceitam. Correrei o risco de transgredir a lei de Deus porque o mundo a rejeita. ... Estou satisfeito com minha religião;... arriscar-me-ei a acompanhar a multidão.”
Se eu for com a multidão, a Bíblia me diz que estou no caminho largo que conduz à morte. Declara a Majestade do Céu: “Estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” Devemos prestar contas da luz que brilha em nossos dias. Cristo chorou em agonia sobre Jerusalém porque ela não conhecia o tempo de sua visitação. Era seu dia de confiança, seu dia de oportunidade e privilégio. ... A revoltante ingratidão, o vazio formalismo e a hipócrita insinceridade de centenas de anos extraíram-Lhe dos olhos aquelas lágrimas de irreprimível angústia. — Carta 35a, 1877