Para que se aumente o Seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono
de Davi e sobre o Seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o
juízo e a justiça, desde agora e para sempre. Isaías 9:7.
Nesta vida podemos apenas começar a compreender o maravilhoso tema da
redenção. Com nossa compreensão finita podemos considerar muito
encarecidamente a ignomínia e a glória, a vida e a morte, a justiça e a
misericórdia, que se encontraram na cruz; todavia, com o máximo esforço
de nossa faculdade mental, deixamos de apreender seu completo
significado. O comprimento e a largura, a profundidade e a altura do
amor que redime não são senão palidamente compreendidos. O plano da
redenção não será amplamente penetrado, mesmo quando os resgatados virem
assim como eles são vistos, e conhecerem como são conhecidos; antes,
através das eras eternas, novas verdades desdobrar-se-ão de contínuo à
mente cheia de admiração e deleite. Posto que os pesares, dores e
tentações da Terra estejam terminados, e removidas suas causas, sempre
terá o povo de Deus um conhecimento distinto, inteligente, do que custou
a sua salvação.
A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a
eternidade. No Cristo glorificado eles contemplarão o Cristo
crucificado. Jamais se olvidará que Aquele cujo poder criou e manteve os
inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de
Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes
serafins se deleitavam em adorar — humilhou-Se para levantar o homem
decaído; que Ele suportou a culpa e a ignomínia do pecado e a ocultação
da face de Seu Pai, até que as misérias de um mundo perdido Lhe
quebrantaram o coração e aniquilaram a vida na cruz do Calvário. O fato
de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos, deixar
Sua glória e humilhar-Se por amor do homem, despertará eternamente a
admiração e a adoração do Universo. Ao olharem as nações dos salvos para
o seu Redentor e contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em
Seu semblante; ao verem o Seu trono que é de eternidade em eternidade, e
saberem que Seu reino não terá fim, irrompem num hino arrebatador:
“Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e nos remiu para Deus com Seu
mui precioso sangue!” — O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 651,
652.
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