Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação. João 11:50.
Com
Caifás, encerrava-se o sacerdócio judaico. Esse orgulhoso, prepotente e
ímpio homem provara sua indignidade de envergar os trajes de sumo
sacerdote. Não possuía nem capacidade nem autoridade do Céu para
realizar o trabalho. ... Por assim dizer, Caifás não era sumo sacerdote.
Vestia os trajes sacerdotais, mas não mantinha ligação vital com Deus.
...
O pretenso julgamento de Cristo
mostra quão vil se tornara o sacerdócio. Os sacerdotes contrataram
pessoas para testemunharem falsamente sob juramento, para que Jesus
fosse condenado. Mas nessa ocasião a verdade saiu em auxílio de Cristo.
... Assim se mostrou que as acusações contra Ele eram falsas, que as
testemunhas haviam sido subornadas por homens que acalentavam no íntimo
os mais vis elementos de corrupção. Era desígnio de Deus que os homens
que entregaram a Jesus ouvissem o testemunho de Sua inocência. “Eu não
acho nEle crime algum”, declarou Pilatos. João 18:38. E Judas, lançando
aos pés dos sacerdotes o dinheiro que havia recebido para trair a
Cristo, deu testemunho: “Pequei, traindo sangue inocente.” Mateus 27:4.
Anteriormente,
quando o Sinédrio havia sido convocado para traçar planos no sentido de
prender Jesus e condená-Lo à morte, Caifás dissera: Não podeis ver que o
mundo vai atrás dEle? Ouviram-se as vozes de alguns membros do
conselho, rogando aos outros que dominassem sua paixão e ódio contra
Cristo. Desejavam impedir que fosse condenado à morte. Em resposta a
eles, Caifás dissera: “Vós nada sabeis, nem considerais que vos convém
que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a
nação.”
Essas palavras foram
pronunciadas por alguém que não lhes conhecia o significado. ... Ele
estava condenando Aquele cuja morte acabaria com a necessidade de tipos e
sombras, cuja morte era prefigurada em cada sacrifício feito. Mas as
palavras do sumo sacerdote significavam mais do que ele ou aqueles que
se aliavam a ele sabiam. Com elas, testemunhava que chegara o tempo em
que o sacerdócio de Arão cessaria para sempre. ...
Caifás
foi aquele que devia estar oficiando quando tipos e sombras
encontrassem a realidade, quando o verdadeiro Sumo Sacerdote devia
assumir Seu ofício. ... Pessoas com todo tipo de caráter, justas e
injustas, estarão em suas posições. Com o caráter que formaram,
desempenharão sua parte no cumprimento da história. — Manuscrito 101,
1897
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