quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

 Colecção «Verdades Eternas».12

ALGUNS SINAIS DA SEGUNDA

VINDA DE JESUS

Depois de Jesus ter prometido aos Seus discípulos que viria outra vez, eles dirigiram-lhe a seguinte
pergunta: «Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do
mundo?» (Mateus 24:3).
A resposta de Jesus a esta pergunta foi positiva e clara. Segundo declara S. Lucas, Ele declarou:
Haverá sinais. (Lucas 21:25).
Esta foi uma promessa encorajadora. O povo de Cristo não seria deixado nas trevas acerca deste
eminente acontecimento na obra da redenção.
Aumento de conhecimento
Um sinal da vinda de Cristo é revelado na profecia de Daniel 12:4: «E tu, Daniel, fecha estas
palavras e sela este livro, até ao fim do tempo: muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência
se multiplicará.»
Que rigoroso quadro das condições de hoje! O aumento do conhecimento durante o último século e
meio tem sido fenomenal. Nada como ele foi testemunhado desde a criação do homem.
Se retrocedêssemos 150 anos, encontraríamos o Mundo quase como nos dias dos patriarcas.
Durante milhares de anos muito pouco se viu como progresso, melhoramento ou invenção. Dealbou
então o século dezanove e o mundo pareceu despertar subitamente do seu longo sono. Uma nova
era tinha começado.
Entre 1799 e 1825 organizaram-se cinco grandes Sociedades Bíblicas na Inglaterra e na América, e
a distribuição de Bíblias tornou-se em breve mundial. O conhecimento acerca da Palavra de Deus
começou a aumentar.
Aumentou também o conhecimento geral. Desde o início do século dezanove seguiram-se uma após
outra novas invenções.
Os homens viajavam nos mares em barcos à vela até que o vapor de Fulton foi lançado ao mar em
1807. Temos agora os poderosos leviatãs sulcando os sete mares e tornando vizinhas todas as
nações. O ar foi dominado e hoje os homens voam através dos céus a uma velocidade de centenas
de quilómetros à hora. Grandes aviões, agora em construção, levarão cada um até 750 passageiros
de continente a continente dentro de poucas horas.
Há ainda o moderno comboio com a sua rede de linhas cobrindo a Terra; a relativamente recente
invenção do automóvel que agora se tem tornado um meio indispensável de transporte; e dezenas de
outras máquinas numerosas demais para poderem mencionar-se.
Hoje o mundo está em rodas, e os que têm de viajar mais rapidamente têm de tomar asas e voar
como as aves do céu. Os homens correm de uma parte para a outra, sem falarmos das viagens no
espaço extraterrestre a velocidades até hoje incríveis. As maiores migrações humanas da história do

homem têm tido lugar nos nossos dias. Somos testemunhas vivas e participantes reais do
cumprimento destas profecias.
Há outras provas do rápido aumento do conhecimento. O telégrafo, a rádio, a telegrafia sem fios, a
electricidade para iluminação e indústria, o cinema, a televisão, o telefone, os modernos
computadores e a Internet são criações dos nossos dias. Finalmente os homens têm aprofundado os
segredos do Omnipotente e têm desintegrado o átomo abrindo vistas inteiramente novas e
possibilidades de invenção e progresso jamais sonhadas pelas gerações passadas. O conhecimento
aumentou. Estamos nos últimos dias.
Luta industrial
Isaías declara que aguardaremos o Senhor num tempo em que os habitantes das nações da Terra se
associariam e formariam confederações num esforço de melhorar as suas condições; num tempo em
que passarão pela Terra «duramente oprimidos e famintos ... e amaldiçoarão ao seu rei e ao seu
Deus»; um tempo em que se ostentarão o ateísmo e a anarquia. (Ver Isaías 8:9, 22).
O apóstolo S. Tiago profetizou que nos dias que precederiam a segunda vinda do Senhor haverá
«ricos» que amontoariam tesouros, defraudando os trabalhadores e viveriam em prazer e deleites,
enquanto o pobre clamaria por pão.
«Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, pelas vossas misérias, que sobre vós hão-de vir. As
vossas riquezas estão apodrecidas, e os vossos vestidos estão comidos da traça. O vosso ouro e a
vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a
vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram
as vossas terras, que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos
ouvidos do Senhor dos Exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes: cevastes
os vossos corações, como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.
Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da
terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós, também,
pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.» (Tiago 5:1-8).
O quadro assim descrito tanto por Isaías como por Tiago, aplica-se perfeitamente aos nossos dias.
Hoje todo o mundo está dividido como resultado de sérias contendas entre o capital e o trabalho. O
clamor do trabalhador ouve-se através de toda a Terra. A reclamação por pão, por melhores
condições de vida e pelos confortos da vida está-se tornando cada vez mais insistente por parte do
produtor. A indústria é paralisada por greves e lutas industriais de toda a espécie.
O público, apanhado entre as mós de cima e de baixo do capital e do trabalho, tornou-se
desassossegado e impotente quase até ao ponto do desespero. Toda a situação é pressaga. Mas por
sobre o borborinho da luta e contenda pode ouvir-se a clara voz do profeta: «Sede vós, também,
pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.» (Tiago 5:8).
Para o estudante da profecia esta situação constitui mais um sinal de que Jesus em breve virá; e este
conhecimento habilita-o a suportar a contenda pacientemente até que Jesus traga doce alívio pelo
estabelecimento da paz eterna.
Um grande reavivamento religioso
Isaías predisse um grande influxo dos habitantes de todas as nações para a casa de Deus (a igreja)
nos últimos dias.

«E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes, e
se exaltará por cima dos outeiros: e concorrerão a ele todas as nações.» (Isaías 2:2).
Isto indica que, ao aproximar-se o tempo da vinda de Cristo, a igreja aumentaria em popularidade e
prestígio em todas as partes da Terra. «Concorrerão a ela todas as nações». Será o movimento
universal para o cristianismo.
Esta predição pode pressagiar uma união dos grandes corpos cristãos do mundo, que acompanhará
um poderoso influxo de homens e mulheres de todas as nações para a igreja. Assim o cristianismo
tornar-se-á popular. «Firmar-se-á o monte da casa do Senhor no cimo dos montes».
Mas deve exercer-se grande cuidado para se não tirar desta previsão a conclusão de que esses que
afluem à igreja são verdadeiros seguidores de Cristo. É fácil de seguir um movimento popular,
mesmo que leve à igreja. Mas ser-se cristão é outra coisa.
Comparemos, por um momento, esta predição de Isaías com outra feita pelo apóstolo Paulo, quando
ele tomou o telescópio profético e viu condições que prevaleceriam nos últimos dias: «Sabe, porém,
isto; que, nos últimos dias, sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si
mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos,
profanos, sem afecto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para
com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.» (II Timóteo 3:1-5).
Mas talvez alguém diga: Como podem ambas estas profecias ser verdadeiras? Como pode a igreja
ser exaltada ao cimo dos montes; com as nações afluindo para ela e ao mesmo tempo prevalecer o
formalismo e o mundanismo entre os que professam o cristianismo? Respondemos: A profecia de
Isaías não descreve um mundo convertido afluindo para a igreja leal e justa, mas uma igreja
mundana e apóstata, abrindo os seus braços para acolher os que vêm do mundo pecaminoso para a
sua comunhão.
A popularidade da igreja tem sido sempre uma indicação de conformidade com o mundo e não de
semelhança com Cristo. Não há um conflito geral entre as predições de Isaías e de Paulo. Isaías
disse que viu a igreja expandindo-se rapidamente por toda a parte nos últimos dias.
Mas Paulo profere uma advertência: Este número crescente de membros e esta posição favorável
por parte da igreja não deixaria no mundo um lugar mais seguro para viver, mas aumentaria
grandemente o perigo que cerca aqueles que verdadeiramente desejam seguir a Cristo. Dezanove
terríveis pecados são catalogados como encontrando-se nas vidas dos que têm «aparência de
piedade». O mundo e a igreja tornaram-se precisamente iguais. Não se pode ver qualquer distinção
entre os seus membros e os que não fazem qualquer profissão de cristãos. Realizam as formalidades
religiosas, mas é negado e rejeitado o poder de Cristo para salvar do pecado. A igreja tornou-se
descuidada e mundana.
Aqui está um quadro bíblico de uma igreja popular, mas decadente. A religião tornou-se um
provérbio e uma capa para o pecado. Os membros podem beber, jogar, mentir, roubar, enganar,
desfazer os votos matrimoniais e, no entanto, permanecer em boa e regular posição na igreja. Não
há semelhança com a vida de Cristo nas suas vidas. Não há paixão pelas almas, nem zelo
missionário, nem real anelo por Deus.
Esta situação constitui um grande perigo. «Sobrevirão tempos trabalhosos». E Jesus disse: «Por se
multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.» (Mateus 24:12). Mesmo os que são fiéis

devem acautelar-se para que, pela contemplação do pecado, na vida dos outros professos seguidores
de Cristo, eles mesmos não se transformem.
Pensamos não ser necessário tentar convencer o leitor de que estas profecias encontram completo e
perfeito cumprimento nas próprias condições que hoje nos rodeiam. Estes são os dias de que
falaram Isaías e Paulo: Portanto, estes são «os últimos dias». A própria decadência espiritual do
cristianismo de hoje é, em si mesma, um sinal de que a vinda de Jesus está próxima.
Sem afecto natural
Um dos principais sinais dos últimos dias, enumerado pelo apóstolo Paulo, é a perda de afecto
humano (II Timóteo 2:3). A ordem natural indicada por Deus para os homens e mulheres é a do
matrimónio monogâmico, e este, por sua vez, unicamente entre um homem e uma mulher.
«Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher e serão ambos uma
carne.» (Génesis 2:24).
Isto é, uma mulher e um homem enquanto eles viverem.
Mas esta ordem tem sido rapidamente mudada, a tal ponto que hoje os tribunais estão
sobrecarregados com processos de divórcios instaurados por pessoas, que procuram a anulação dos
seu laços matrimoniais. O matrimónio já não é considerado como uma relação sagrada, que deve ser
guardada e preservada. Muitos contraem-no descuidada e casualmente e os seus laços são
quebrados sem arrependimento.
Assim, a ordem de Deus está sendo alterada. As condições dos nossos dias mais uma vez cumprem
o plano profético. A dissolução dos laços domésticos, a corrida para os tribunais com casos de
divórcio e a perda do respeito devido aos votos do matrimónio são «sinais dos tempos» e
encontram-se entre aqueles que mostram que se aproxima rapidamente o tempo em que Jesus há-de
vir pôr termo a este mundo de pecado.
Jesus apresenta outros sinais
Jesus deu também outros sinais específicos da Sua vinda.
«Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino; e haverá em vários
lugares grandes terramotos, e fomes e pestilências; haverá, também, coisas espantosas, e grandes
sinais no céu.» (Lucas 21:10-11).
Quão exactamente Jesus descreve as coisas que têm acontecido nestas últimas gerações! Os mais
destrutivos terramotos da história têm ocorrido durante o último século e meio. Alguns deles
permanecem na memória de pessoas ainda vivas. Um dos piores terramotos do mundo data apenas
de 1946. Teve lugar no Sul do Japão, perto da cidade de Tóquio, que poucos anos antes tinha sido
quase totalmente destruída por outro terramoto. Mas está na memória de muitos de nós o terrível
terramoto, seguido de marmoto (tsunami do japonês), que ocorreu em 26 de Dezembro de 2004,
com uma magnitude de 8,3o da escala de Richter, e que além dos muitos mortos que causou, atingiu
uma área enorme dos oceanos Índico e Pacífico.
A fome e a peste têm sobrevindo após as grandes guerras mundiais, a tal ponto que a perda de vidas
pela fome e a doença, em alguns países, tem excedido as mortes ocasionadas pela guerra.
A epidemia de pneumónica que se manifestou após a primeira guerra mundial vitimou a vertiginosa
soma de 20 000 000 de vidas. Nunca tinha o mundo sido anteriormente assolado por semelhante

praga. Uma autoridade declarou, por essa altura, que «por toda a Europa, América, Ásia e África
esta epidemia fatal teve um domínio universal.»
A fome vem depois das guerras e à fome segue-se a peste. A segunda guerra mundial culminou com
as piores condições de fome da história do homem, espalhada em muitas partes da Terra, vitimando
vidas humanas em números aterradores. Milhões de dólares de comida e vestuário têm sido
enviados para áreas famintas de todo o mundo através dos vários governos e igrejas, num esforço de
salvar vidas; mas apesar do que todo este auxílio organizado numa escala como a que se pôde
realizar, as mortes por fome e peste têm atingido muitos milhões.
Angústia das nações
Um dos principais sinais mencionados por Jesus foi que nos últimos dias haveria: «angústia das
nações, em perplexidade ... homens desmaiando de terror na expectação das coisas que sobrevirão
ao mundo. Porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa
nuvem, com poder e grande glória.» (Lucas 21:25-27).
Mais uma vez se nos apresenta o quadro dos nossos dias! Se Jesus estivesse hoje sobre a Terra não
poderia certamente retratar com mais precisão as condições do século XXI. Antes de se desencadear
a segunda guerra mundial, Ramsay Mac Donald, então primeiro-ministro da Inglaterra, disse: «Os
negócios das nações estão-se furtando ao controlo humano.»
Isto aconteceu antes dos dias da bomba atómica. Já os corações dos homens estavam desfalecendo
de terror; já as nações estavam em angústia. Mas agora encontram-se num estado de choque.
Os actos terroristas que têm ocorrido ultimamente leva a que muitas pessoas, em todo o mundo, se
interroguem o que vai ser o futuro dos seus filhos e netos. Com a descoberta da desintegração do
átomo e outras descobertas mais recentes, os homens estão em condições de causarem a destruição
em larga escala no mundo, a menos que haja uma intervenção acima dos homens.
Isto leva-nos a acreditar que o fim está às portas, pois Jesus declarou:
«Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima, e levantai as vossas cabeças,
porque a vossa redenção está próxima. E então verão vir o Filho do homem, numa nuvem, com
poder e grande glória.» (Lucas 21:28-27).
O reino de Deus está perto
Temos visto alguns dos Seus sinais. Estamos vendo-os hoje. Estão por toda a parte em evidência. Não
podemos equivocar-nos. A vinda de Jesus está às portas e a nossa principal consideração na vida, devia ser preparar-nos para O encontrar.

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